domingo, dezembro 24, 2006
terça-feira, dezembro 12, 2006
Projecto

- O homem até já nos mostrou a planta...
- Mas achas que ele é sério?
- Claro, acho até que ele só tem uma palavra!
- Tens razão, todas as segundas-feiras diz que nos entrega a casa para a semana.
PS: Este post é dedicado ao TheOldMan que, às vezes, em cada duas linhas, me provoca quatro risadas.
domingo, dezembro 10, 2006
What about the weather?

Via Espelho Meu
Cada vez que sou apanhada por uma destas chuvadas que fazem barulho na calçada, lembro-me daquela expressão britânica raining cats and dogs.
É uma expressão milenar cuja origem se perdeu nos tempos, apesar das várias tentativas dos eruditos para justificá-la.
A explicação que, desde há muito, interiorizei é simples e lógica:
Os celtas tinham casas cobertas de colmo que os protegia da chuva.
Os gatos e os cães viviam com eles, trocando utilidades.
Os gatos afastavam os ratos e os cães ajudavam na caça e assustavam os lobos.
À noite, os animais dormiam entre o colmo, protegendo-se do frio e da chuva. Mas quando esta era demasiado forte, os animais escorregavam da cobertura e caíam para fora e para dentro de casa.
Já não me lembro da letra da canção infantil que lhe faz referência, mas não tem importância. Por muito que chova – e ela não me incomoda esteja eu fora ou dentro de casa – nunca mais choverão gatos e cães.
Os tempos são outros: gatos e cães coabitam a termo certo com os homens e são abandonados no período experimental pós lúdico.
Mas o próprio tempo é outro também: os ursos polares não conseguem hibernar porque o frio é insuficiente.
It’s raining cats, it’s raining dogs,
They’re pouring from the sky…
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Comove-me uma mulher bonita
Não precisa ser muito bonita, basta ser bonita e andar pelos trinta e muitos. Nem sequer só ser bonita e aparentar os trinta e muitos, mas andar com um ar sério. Sério, sisudo e preocupado. Uma mulher bonita, que aparenta os trinta e muitos, com esgar preocupado, comove-me. E esta comoção contemporiza dois tempos. No primeiro, a beleza que mantém; no segundo, a gravidade que já tem. Emociona-me como tudo o que é esteticamente aprazível aos sentidos e largo à inteligência, e como tudo o que é mais concutível ao sentido e à razão.
Há-as por aí em abundância à solta, cismáticas e incrédulas, em pleno buriladas por tudo aquilo que as atormenta. Mostram circunspectas e exibem indistintas à luz, a severidade graduada das faces pesarosas.
Uma mulher bonita, com vinte, trinta ou muitos mais, com ar grave, insatisfeito e triste, comove-me. Muito.
JoãoG